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Retrospectiva 2012 - Mercado de motocicletas – Fotos da Triumph Tiger 800 XC, da BMW S 1000RR, da Dafra Next 250, da Ducati Streetfighter 848, da Honda NC 700X, da Kawasaki Versys 1000 e da Yamaha YZF R1: Divulgação – Data: 26/06/2012 – A menção dos créditos é obrigatória

 


O reverso da fortuna

Mercado de motocicletas cai em 2012 e contraria as previsões otimistas

por Michael Figueredo
Auto Press

O crescimento que o mercado de motocicletas viu em 2011 fez com que as projeções para este ano fossem bem otimistas. Os resultados em 2012, porém, não chegaram nem perto do esperado. O setor de duas rodas, que apontava para o alto, entrou na descendente e seguiu ladeira abaixo. Parte da retração se explica pelo cenário de crise na Europa, que se alastra por todo o mundo e reflete no Brasil. Mas a maior responsabilidade está na postura mais seletiva das instituições financeiras. Em outras palavras, na restrição ao crédito para consumidores de menor renda. Tanto que o setor que mais perdeu foi o de baixa cilindrada.

Na previsão da Abraciclo, associação que reúne os fabricantes de motocicletas, o fechamento de 2012 apresenta retração de 20% em relação ao ano passado. Tanto na produção quanto nas vendas. A previsão, feita no final do ano passado, era de crescimento de 5%. Os números equiparam-se aos de 2009, auge da crise econômica mundial. O ano de 2012 também atravessou uma crise de confiança. Mesmo entre motos de média e alta cilindrada, destinados a quem tem maior poder aquisitivo. “Este consumidor normalmente é mais antenado, tem cadastro bom e linha de crédito alta, mas vê a crise lá fora e não sabe quando isso vai refletir no Brasil. Como a moto seria mero lazer, ele acaba deixando para comprar depois”, analisa o gerente de planejamento da Kawasaki do Brasil, Ricardo Suzuki. Mas o comportamento do mercado foi desigual para as marcas. Caso da BMW Motorrad do Brasil. “O crescimento de 10% nas vendas do segmento de motocicletas de acima de 500 cc foi o melhor registro já atingido historicamente no país”, afirma Rolf Epp, diretor da marca.

Rolf Epp fala com base em dados da Abraciclo. Segundo a entidade, além da BMW, apenas a Haley-Davidson, também considerada uma marca premium,  apresentaram desempenho positivo. De olho no potencial do segmento de luxo, a Triumph iniciou oficialmente as operações no Brasil em 2012. “Em três anos é possível posicionar o Brasil entre os nossos cinco maiores mercados e, a médio prazo, vender cerca de 4 mil motos anualmente”, projeta o gerente geral da subsidiária brasileira da Triumph, Marcelo Silva.

A marca britânica chegou com seis modelos no mercado nacional, mas a Tiger 800 XC é a principal aposta. A big trail chega para brigar justamente contra um modelo da BMW, a F800 GS, que ocupa o posto de mais vendida do segmento. A moto da Triumph é dotada de um motor de três cilindros em linha, com duplo comando no cabeçote e quatro válvulas por cilindro. O resultado produzido é de 95 cv a 9.600 rotações, com torque cifrado em 8 kgfm, a 7.850 rpm. A briga das aventureiras ainda tem a Kawasaki Versys 1000, também lançada neste ano, mas posicionada em outro patamar de cilindrada. O diferencial da moto japonesa foi o fato de ser a primeira no segmento com motor de quatro cilindros e 16 válvulas.

Entre as superesportivas, o mercado ficou dividido entre dois importantes lançamentos. A BMW apresentou a S 1000RR e a Yamaha renovou a YZF R1. A primeira a chegar ao país foi a alemã, depois de um facelift na Europa. A moto impressiona com potentes 193 cv a 13 mil rpm e 11,4 kgfm de torque a 9.750 giros. Porém, a marca nipônica não ficou apenas olhando e colocou na briga a versão 2013 da supermoto. É verdade que a potência ficou 11 cv abaixo da concorrente – 182 cv – mas os japoneses oferecem maior torque, de 11.8 kgfm a 10 mil rpm, e injetaram tecnologia para dar competitividade à motocicleta.

A Ducati, que neste ano confirmou que iniciará as operações no Brasil em 2013, já deu uma prévia do que irá apresentar. A marca italiana, recentemente adquirida pela Audi, lançou a Streetfighter 848. Antes, ainda em 2011, o país havia sido palco para a estreia mundial do modelo, no Salão Duas Rodas daquele ano. A naked, com motor de 848 cc, entrega 132 cv de potência a 10 mil rpm e torque de 9,4 kgfm a 9.500 rpm. 

A Honda também não se intimidou com o ano ruim e apresentou a NC 700X. A proposta da fabricante é oferecer uma solução para a acelerada rotina das grandes cidade, mesclando características de scooters com as de motos de maior cilindrada. Na mediana faixa das 669 cc, a NC 700X entrega 52,5 cv de potência a 6.250 rpm e 6,4 kgfm de torque a 4.750 giros. Enquanto isso a Dafra, querendo subir, lançou a Next 250 com a clara intenção de brigar com as japonesas CB 300 R, da Honda, e a Yamaha Fazer YS 250, a Next chegou dotada de alguns recursos exclusivos, como o câmbio de seis marchas. A motocicleta entrega 25 cv a 7.500 rpm e torque de 2,75 kgfm a 6.500 giros.

 

  

 

 

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